« Marcel Marceau - 1923-2007 »

Penso nele. Magoa-me, fere-me. Quero esquecê-lo, mas não consigo, pois com ele surgem as emoções que um dia me fizeram sorrir. Ele, ele é tão forte, belo, mas cruel. Por favor, não me faças sofrer mais, e repete a alegria semeada. Faz com que as minhas lágrimas não sejam inúteis, faz com que elas levem toda a minha dor, todos estes sentimentos. Leva-me a crer que não existo em vão, que o erro que cometi, nunca mais me corrói e que me fortifica. Estas lágrimas, esta tristeza que chega sempre… Diz-me, porque existe ela? A culpa é tua, ser devasso. Se um dia te chamei felicidade, hoje retrato-te como ignorância.
Odeio-te, mas foi graças a ti que desenhei os mais belos sorrisos no meu rosto,pensei que podia encontrar o fim do arco-íris. Todavia, foste criado em vão. Sim tu! Desejava que aqueles momentos, por muito bons que foram, nunca tivessem coexistido no mesmo local que o meu ser, porque, hoje, levam-me a não suportar esta atmosfera que me apaga, lentamente, e me esta a consumir. E sim a culpa é tua… desaparece, ser imundo. E, o tempo, esse, não passa…
Sinto as lágrimas… quero e preciso de chorar. Porém não sei de alegria, se de tristeza. E tenho medo, um medo que me assola e que quase me destrói. Quero lutar, ultrapassar este momento, mas não consigo. E repete-se, volta, desaparece mas nunca cessa… Como temo o futuro, e este presente, renego-o!
E esta noite… não posso, não devo ousar, mas, sonharei com o impossível, navegando na fantasia de meu ser…

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