Prenda atrasada ...

23:22:
"Odiava-te, não te podia ver a minha frente e agora?
Agora, ai agora, agora só te quero aturar, apesar de seres um pouco difícil. Tudo bem, nós somos ambas teimosas, se não fosse eu o que era de nós? Se não fosse eu não nos dávamos, tenho que ser sempre eu não é menina Marie?
Que era feito de mim se tu não tivesses aparecido?
Já nos rimos juntas, mas também já choramos juntas.
Minha Marie ANTOINETTE, somos anjos da guarda como dizem e tu és também o meu anjo da guarda, sem ti tudo seria mais difícil, ou não? Não o sei. O que sei é que contigo tudo se torna mais fácil. És uma das minhas bases, como os tijolos da minha casa são para ela, eles unidos não se deixam ir a baixo, protegem-se.
És para mim um exemplo a seguir, uma força da natureza, tão de pressa desistes das coisas, mas tão de pressa lutas por elas com toda a força. O que eu sou devo-o a ti, se mudei foi porque estiveste a meu lado, fizemos muitas caminhadas insignificantes mas ao mesmo tempo importantes comigo.
Bom 17 aninhos, já me apanhaste novamente, espero que com o passar dos anos aquilo que nos uni se torne ainda mais forte, que esta força não se perca, que tenhamos muitas mais discussões pela frente, pois são estas que nos fazem também crescer, a nossa capacidade de dar a volta a tudo…
Bom miúda venero-te!
NaLú"


São pessoas assim que nos marcam ! 'D

23/06/09

Pergunto-me porquê? O porquê de toda esta vivência, do nosso ser.
Interrogo-me acerca daquilo que sou, do que posso ser e até onde/quando irei triunfar. Será que sou o rastro ignorante da humanidade. Os setes pecados encarnados?
Estes sentimentos, dúvidas, questões terão algum sentido?
Porque ora sorriu com facilidade ora edifico o horror da tristeza...?
(...)
Quando amamos alguém não tem de ser necessariamente um amor do qual apenas queremos atingir um prazer físico/sexual. Porém quando o ciúme nos consome... qual será o seu significado? Ama-lo-ei, acho que não. Talvez o meu maior receio seja perdê-lo. Contudo as atitudes, gestos que aquele corpo monotoriza, por vezes, desiludem-me, mas, aí, não resisto ao perdão. É como se um subconsciente me lembra-se sempre daquela pessoa tão especial.
Se queremoso perdão temos de edificar esta palavra e perdoar aqueles que nos magoaram. Sabendo que aqueles que nos magoaram também nos perdoarão.
Afinal o que sou, no que me tornarei? Mas, acontecça o que acontecer, há pessoas que permanecerão em mim. Amigos que amo, a essas seis pessoas, Obrigada, Ana Isabel, Carolina, Sérgio, Ana Lúcia, Vítor, Sandrine !

Dor !

No alto cume da noite, mais um coração parou de bater!
Doze anos de pura luta, e agora. Porquê levar esta alma, que está aqui tão presente em nós.
É a dor de uma perda... A perda de alguém que "nasceu para vencer"! Que lutou mais do que ninguém, com uma força inexplicável, uma força insuperável... mas agora...

Murmúrios

Hoje sinto-me como se fosse um poço sem fim. Um poço de sentimentos. E estou a rebentar, receando o que, dai, possa advir.
Estou numa da alturas mais importantes da minha vida onde preciso de tomar as mais importantes decisões, em ordem de poder afirmar que consegui entrar em Medicina pelo meu esforço e empenho. Estudo o que consigo, posso dizer que nunca fui má aluna e que nem preciso de passar horas e horas a estudar. Porém se isso não for o necessário para a realização dos exames e eu tenha de estudar para além das minhas necessidades? Como vou sabê-lo?!
Bem, por outro lado, aconteça o que acontecer, vou ter de ir para Espanha, sim porque cá tudo o que tem média inferior a 17,5 (o meu caso), só tem três hipóteses: aprender a hablar espanhol, ser um frustrado num outro curso, que o vai tornar um cliente assíduo nos psiquiatras, ou ir “cavar batatas”.
Porque temos de tomar decisões tão importantes na imaturidade dos 17 anos? É tão difícil. E além disto a pressão que nos é feita pela família, onde a maioria não passou por situação semelhante ou nem tem a quarta classe!
Bem perante isto, e com tudo isto, o meu verão está mais que destinado ou então serão sem sombra de dúvidas em verão de frustração.
Cursos de Verão da ciência viva, a oportunidade de experimentar/ brincar às profissões que queremos exercer, contudo dois obstáculos: inscrições até amanha, e os cursos que quero frequentar distam mais de 500km de mim! Tudo parece tão perfeito!?!
Por outro lado poderia ir fazer o tão esperado e necessário curso de espanhol. Sim, é simples e está tudo resolvido, todavia onde ou realiza-lo? Sim a internet fonte de informação, informação desactualizada simplesmente. E quando há informação digamos que passar um mês na, secante, cidade lisboeta em pleno verão não é definitivamente para mim. Neste seguimento de ideias eis que nos surge a luz ao fundo do túnel: curso de verão para jovens em Málaga, apesar do humilde preço de 2000 euros. Bem assim só me resta, agora, navegar por entre a obscuridade da net!
Ontem, na missa, foi dita uma frase que me intrigou: “Vivemos na sociedade do nada, onde as pessoas não dão nada aos outros porque, de facto, não têm nada para dar. São feitas de egoísmo.”
Assim que foi dita, logo me intrigou por ser tão forte e tão verdadeira. Eu sou egoísta, todos nós o somos. Já ninguém se preocupa com o próximo. Quero receber, ganhar, usufruir, desperdiçar e os outros, os outros que se desenrasquem: “Porquê trabalhar para os outros usufruírem do que ganhei com o meu esforço?” – também disseram. Respondendo a isto devemos fazê-lo porque se o fizermos estamos a ser novamente egoístas e aquando da criação do Homem não foi esse o objectivo, a ruindade. Temos de ser uns para os outros, e por muito que nos custe mesmo aqueles que mais desprezamos merecem o nosso respeito. (Sim, não sei se vou conseguir por isto em prática.) Assim, viver é sinónimo de união e de entreajuda.
(…)
Amanhã é o meu aniversário, mas tenho medo. Podem ser paranóias minhas ou não mas… tenho medo. E cada vez mais quero acreditar que são paranóias e são, e são sem nexo e descabidas.
Sempre na altura dos meus aniversários morre alguém que conheço, de quem gosto, alguém que ocupada um lugar forte nos corações que me rodeiam. Tenho medo! Tenho medo!
E… logo termino …

You can save me ?

Black and white Chicago Pictures, Images and Photos
Olhando pela negridão da noite, o sentimento da saudade desperta.
Os sorrisos, as lágrimas, as aventuras e os receios.
Tudo envolto neste mísero pensamento.
Ah, a saudade!
A luz da noite chama-me, mas não tenho forças para alcança-la, ou isso ou eu sou fraqueza.
Os barulhos do escuro acalmam-me.
O vento fresco desperta-me.
Quero voltar atrás e viver, aproveitar mais e mais aqueles momentos.
Um verão que jamais será igual.
Porém as sombras assustam-me e lembram-me que nem tudo é estrelado e bello. Há veneno aqui, ali, ele está a devorar-nos, roubando-nos a alegria de viver.

O dia em que eu nasci

O dia em que eu nasci, morra e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar,
Não torne mais ao mundo e, se tornar,
Eclipse nesse passo o sol padeça.

A luz lhe falte, o sol se lhe escureça,
Mostre o mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!

Luís de Camões

a morte

Suicídio, quem já não pensou nele. Sim penso neste assunto constantemente, e depois?!
Sim, porque "a morte não é a maior perda da vida, pois a maior perda da vida é o que morre dentro de nos enquanto vivemos"!
Porém agora a digitalizar, aqui, estas palavras, custa-me fazê-lo.
Serei eu que mudei, assim tanto, de um momento para o outro. Uns com tanta necessidade de viver... e eu aqui a desprezar...
Estou farta, mas não sou capaz, não tenho coragem, porém...
Odeio tudo isto. Os conflitos diários, momentâneos com todos.
Deixai-me respirar!!!!!

Quero fugir para onde me compreendam, ondem apagam este veneno que me corói a alma, a mente, este corpo imundo!

Confusão !

Finalmente decidi. No mar de prós, no mar de contras. Exames, o tal dilema.
Ainda ontem entrava na pré-primária cheia de sorrisinhos e de birras, e agora?!
Que confusão se faz na minha cabeça. Lutar pelo meu futuro, e este medo, este medo de errar.
Aí! Que turbilhão é este?!
E se a decisão de ir à segunda fase do Exame de FQ, for errada?! E se tirar a pior nota de sempre?! Se não estudar, se... se
Tantas suposições e nenhumas respostas.... Tenho medo!
O medo de falhar. De ficar mal, de envergonhar que me ensinou, ou tentou ensinar....

(...)

E os meus problemas são nulos perante esta vida ingrata!!! Que merda!!

Será o fim ou apenas o início?!
Terei atingido o tal ponto, ou nunca cheguei a aproximar-me dele?
O Tudo e o Nada transformam-se no receio de errar, de saber que poderia ter feito mais e não o fiz. E se depois quero mudar aquela atitude e materialmente isso já não é possível?!
Estarei a endoidecer com tudo isto?! Ou revelando apenas esta parte obscura de mim?!
E assim me disseram: “dementes são aqueles que te chamam louca por não terem inteligência suficiente para a tua loucura” !
Quem me dera ser criança e resolver todos os problemas com um simples Chupa Chups !

Sony Sindicate - Jailbreak

Tu és a razão pela qual eu desprezo o mundo
Mas ainda há a única razão pela qual ainda estou nele
O tempo nunca cicatrizou as minhas feridas
E ele acaba de infecta-las ainda mais
Eles falam do teu coração
Mas que se lixe, eu comecei a ter um ataque cardíaco

Eu não posso chegar à minha mente
Eu não posso alcançar o meu coração
Por que eu não posso deixar para trás
Nunca têm uma escolha
Nunca me senti alegre
Eu ouço a minha voz interior

E quando dois rios correm juntos eles nunca podem ser distintos novamente
Trancado num sonho para filtrar o corrego poluído
E quando dois rios correm juntos eles nunca podem ser distintos novamente
Trancado num sonho para filtrar o corrego poluído

Cada vez que eu falar contigo, eu nunca terei escolha
Cada vez que eu tento costurar as minhas feridas, você esticar-as bem abertas
O tempo nunca lavou o meu cérebro
Ele apenas o infectou mais
Vou quebrar a prisão fora desta mente, eu vou arrebentar!

" Palavras... leva-as o vento "

As ondas rebentavam, mutilavam a costa. O mar estava em fúria, a Terra enlouquecera. O vento levava-me com toda a sua força, enquanto a água me gelava. A areia, aquela areia tão macia e suave de outrora, já não existia, e em seu lugar algo áspero me cortava. E, eu, era a solidão. Significava a fraqueza humana, a sua ganância, e se, ainda, restavam questões acerca da veracidade da lei do mais forte, estas haviam sido, na sua totalidade, consumidas. Não restavam almas, já nada restava a não ser a simples escuridão envolta de nevoeiro, puro, o cheiro intenso a enxofre, o roncar dos vulcões. O Sol, explodira, eu vira-o sucumbir. Transformara-se em biliões de estrelas cadentes, azuis, que aparentavam ser a única coisa além de mim que já não estava inerte, em pó, caminhando para o infinito.
Sentir aquela solidão, enfraquecia-me. Vivera durante centenas de vidas, rodeada de humanos, animais, seres vivos… e agora estava só. Somente com os quatro elementos, o fogo, a terra, o ar e a água. Eles eram-me. A Terra, era agora mais um material rochoso a flutuar no Universo, eu já não era nada, ali. Quem me dera ter fugido para Marte, onde os fugitivos, homens, viviam em sintonia com os pumens, habitantes de Marte. Antes do Fim, corriam rumores que até já existiam Homo-pumo-ens.
Quando tinha cerca de 368 anos, na crise de, mais uma, meia adolescência, lembro-me como ontem. Odiava estar com vida perto de mim. Ambicionava estar só. Era como se a vida, já não o fosse, vida. Era algo que, não concretamente porquê, me enfraquecia e me fazia desistir de tudo. Como se o oxigénio já fosse não suficiente, ambicionava mais, mais, cada vez mais. Porém isso não bastava, necessitava de respostas, respostas que nem perguntas tinham. Afinal que ser me estava tornando? Deixei de me reconhecer, já não era eu. Será que alguém ainda me reconhecia, ou eu teria sido sempre a mesma. O mesmo ser ignorante, e fútil de todas as horas. Perguntas e mais perguntas, rodeadas de escuridão.
E, assim, desenrolada entre papel, rasurado, esta é a história da rapariga que sonhava com a felicidade. Era, julgada, como feliz, alegre e verdadeira, todavia a sua alma estava enevoada pela escuridão. Fala-se, entre colapsos e divergências, que pairam pelo ar, mortíferos… avassaladores. Movida pelos ventos, recolhida pelas tempestades. Sofria, não em silêncio, ferindo almas e corações, mais fortemente que um punhal aguçado.
Depois, por vezes, por momentos, descobria que quando queria as coisas não as possuía, porém assim que as repulsava, elas caiam-lhe sobre as mãos. Mas uma vez, não são vezes. E nada se repete, e o mais grave surte quando mergulhamos na ilusão. (........)
Sinto os punhais a cortarem a minha pele macia.
O ódio faz brinhar vossos olhos. São a culpa e o pecado.
Sinto-me uma fraca. Porém se eu for fraca, que são vocês?
Uma mera cinza, que parasita sobre a negrura.
Questiono-me a razão da vossa sobrevivência, mas assim, tornar-me-ei agreste como vós!
Serei assim tão diferente, ou nasci apenas mais rude que vós!
Serei o tudo ou o nada?! O nada, que nada será sempre.
E regressarei ao pó, desta forma...
Bendita sejais, música!