Sinto-me frustrada, perdida. Sei que nada sou, se é que sei o que isso é, de facto. Talvez não seja nada, realmente.
Na vida, todos são bons em algo, sentem-se felizes com determinado feito… mas eu…
Quem são os outros, afinal? Igonorantes que pensam poder manipular, tudo e todos. Não sou assim, eu. E, críticas, não me reduzem a pó, ainda que me entristeçam. Porém a força maior advém de dizeres que sou lixo. Um lixo que, por muito tarde que seja, terá muito mais valor do que tu pensas, do que és, se lá chegares.
O homem é veneno. Tu que lês estas palavras, podes tratá-las com a maior obscuridade possível, até considerá-las de inúteis, todavia são a forma de me libertar, de fugir à contaminação que estás a levar a cabo na Terra.
Sabes que mais desiste! Agora correm lágrimas, amanhã nascerão sorrisos.

Não faças dos sonhos a tua realidade.



Caminho, sozinha, em busca das perguntas que não ousei fazer!
Tenho medo. Inerte, o meu ser permanece, não sei deixa tocar. Pouco a pouco, deixo transparecer-me, até que regresse ao , e o vento me transporte, além mar...

Que se passa?

Conversávamos alegremente, e pensando tratar-se de, mais, uma simples conversa, agi com a mais pura das normalidades. Mas, passado algum tempo eu caí em mim, o som da sua voz já desenhava no meu rosto, um sorriso; o toque das suas mãos, delicadas, parecia querer dar-me respostas, ás perguntas que nunca haviam sido concebidas; o perfume, aquela fragrância, passará a ser o meu alimento. Ali soube que queria ser sua. (…)

Escrever liberta-me

Rodeada de tanta incerta, dúvida. A vida parece que nunca sabe dar as respostas que mais necessitamos. O ciúme assola-me, porque? Será paixão, amor? Ou uma mera fusão de sentimentos que atordo-am o meu ser, me afastam para o infinito. Sinto-me diferente, tu, pareces ter uma influência em mim, que... não se consegue explicar. Anseio a compreensão !
Faltam-me as palavras, surgem os momentos.
E, as lágrimas, essas, gritam por mim .

O nosso subconsciente, quem me dera entendê-lo...

Ás vezes, afirmamos que não conseguimos aceitar a realidade, porque não contactamos com ela. Se dizemos isto, porque é que quando contactamos com a realidade, não a aceitamos e conseguimos compreende-la?!
Sabemos da batalha que foi feita durante mais de 11 anos, da batalha que está a ser feita, e do que nos serve se nada muda, tudo parece piorar a cada instante. Eu ainda não acredito que tudo isto é real !
Vi e não acredito. Não há reacção e as palavras escasseiam, mas não acredito é ... impossível!
O contraste de alegria e apatia presente, não me leva a acreditar é como se tudo não passasse de uma ilusão, mas não o é...


"Não desistas! Não pares de lutar!" queria dizer-lhe estas palavras mas não o consegui, nem a si nem a ninguém. Batalhe sempre, todos queremos e acreditamos que é possível, trata-se de uma recaída, mas nada mais. Senti que queria falar reagir, mas... Tantas frases imcompletas... TUDO é tão irreal ! Porém trata-se da realidade.

(...)

Porquê ?

Sinto-me apagada, vazia.
É como se algo em mim já não existisse, e uma tristeza imensa tivesse nascido em seu lugar. Não tenho razões algumas para este tormento, todavia sou a culpa do mesmo. Sou um ser imundo que não valoriza a sua existência, pois enquanto eu perco tempo com este tipo de futilidades há alguém que sofre, por não conseguir sorrir ou viver convenientemente. Eu tenho tudo para ser feliz e não o consigo ser. Porquê?
Não encontro as respostas às mais óbvias perguntas. Quero esconder-me na imensa escuridão, dormir e esquecer tudo o que se está, ou não a passar. Não entendo.
Não consigo soltar estas lágrimas, nem libertar este sofrimento! Quero fugir! Levai-me…
Tenho medo ! Quero --'fugir daqui !
Levai-me, oh ventos , tempestades .
Sugaí esta dor, este tormento .

Lágrimas ou risos, que importa?
Tudo é sentir, tudo é viver.

Adaptado d’ Os Maias, de Eça de Queiroz.

Amor puro .

Conhecemo-nos num café, no qual eu trabalhava. Desde, o momento em que o vi que soube que o amava. Estar naquele local era o paraíso, sentia-me bem comigo e com os outros. Aquelas paredes, suaves e sorridentes, eram alegria.
Queria conquistá-lo, mas nunca consegui. Sempre que ele aparecia por lá, tentava seduzi-lo com os meus longos cabelos, cor de mel e lembrado as ondas do mar. Ele parecia ignorar-me de todo, eu não passava de uma mera criança, que brincava em seu redor. Mesmo assim, a cada dia amava-o cada vez mais.
Passaram-se alguns anos e os seus olhos deixaram de encontrar os meus. Todavia eu sabia que nunca iria amar assim outra pessoa, podia não conhece-lo psicologicamente, porém, aquele sentimento era bem mais forte do que eu. Fazia-me sorrir, leva-me ao infinito da felicidade.
Certa tarde, decorridos cerca de cinco anos, ao visitar a minha avó, qual não é o meu espanto, ao reencontrá-lo, no auge da minha adolescência. Para ser sincera já nem me lembrava dele, porém ao reencontrar o seu olhar soube quem era ele. Ele que eu sempre amara.
Ele vivia em frente da casa da minha avó, uma bonita casa, moderna e com luxo. Havia constituído família. A primeira vez que o vi, estava a colocar o seu luxuoso descapotável na garagem. Passaram-se tempos, e eu não saia de casa da minha avó, passava os dias sentada no banco de jardim, em frente a casa dele, com os meus longos cabelos ao vento. Certo dia ele olhou-me, soube que me reconhecera. Saberia que o amava.
Um dia, teria cerca de 25 anos, tinha ido á quinta com os meus pais, porém quando passava junto a um ribeiro da herdade, onde existiam cachorrinhos e macacos bebés que se haviam ali refugiado, juntamente com as suas mães. Porém qual não é o meu espanto ao ver Pedro com a sua irmã. Estranha sensação. Foi como se estivesse a ver tudo omniscientemente. Do nada surgi num cavalo branco, tal como uma selvagem. Parei junto ao ribeiro, e, ai soube que aquele casal era filho dele, o homem que havia conhecido em criança, e eu era namorada do seu filho. Que confusão, e a filha dele ia casar, mas só o faria se o seu pai encontrasse a mulher que sempre amara, que era eu. Agora poderíamos ser felizes, ele já não vivia com a sua mulher, contudo eu teria de abandonar o seu filho.
E assim, foi termina-mos a beijarmo-nos, rebolando no relvado macio. Estaria eu nas nuvens?

Quanto tempo é afinal necessário esperar pelo amor?
Valerá a pena seguir o nosso caminho ?


(acordei, era um sonho, contudo anseio poder compreendê-lo)
Em tudo, um amanhecer semelhante a tantos que lhe haviam antecedido, contudo, no auge na minha ausência psicológica, onde o meu ser naufragava entre aquelas, quatro paredes, gelidamente espessas, algo me despertou.
Uma fragrância, emanava do seu corpo. Repulsei-a, porém instantes depois era como se fosse o meu alimento, tal como o sangue é para os vampiros. Tratava-se da minha água, da razão da minha existência.
Aqui, entre bolhas efervescentes, ainda a sinto, forte, mas doce. Desejo-a. Fecho os olhos, e penso em ti, nos teus cabelos macios, no teu sorriso, no teu cheiro. Relembro as nossas brincadeiras, as nossas loucuras. Os momentos que ninguém nos pode roubar, e os quais nunca iremos querer partilhar.
Lá fora ouço o barulho da chuva, que se disfarça com o vento e com a trovoada, fustigando os campos. E agora…
(…)
E vou lutar, lutarei com todas as minhas forças. Este sentimento não pode vencer, nem nunca há-de vencer. É amor, sei que é amor. Porém não o amor sexual, é o amor de irmãos, de amizade, compreensão e entreajuda. E nada fará com que mude.
Admito que sofri, quando pensei que te havia perdido. Aquela angústia consumia-me, e as lágrimas gotejavam. Pensei que o álcool ao fluir nas minhas veias, apagasse aquela dor, porém não o fez. Foi como se tivesse progredido aquele sentimento. Só pensava no perdão e em causar-me sofrimento… será que isto teve algum significado. Quem me dera que pudesses responder-me!?
E, hoje, aquela fragrância harmoniosa, ainda a respiro, ainda a sinto… como se fosse possível voltar atrás…Anseio possuí-la.
Que nunca mude, o que há em nós :)

E vou chorar, choro e chorarei. Ninguém vai impedir-me. Quero soltar a mágoa, tudo o que sinto. Se é que sei o que sinto! Acho que o meu eu, já nem existe, em seu lugar só moléculas de H2O EXISTEM. Quero lutar. Que se lixe. . . Quero viver e aproveitar a vida e ninguém irá impedir-me. A mudança segue-se!!! Ou talvez não.


“Só se vê com o coração. O Essencial é invisível aos olhos" - Exupéry